Há uma esquerda que na sua ansiedade de ver os bancos falirem para poderem culpar banqueiros e accionistas, se esquecem que as instituições financeiras também empregam pessoas.
Se os estado ajuda um empresa, mesmo que mal gerida, trata-se de salvar postos de trabalho e não de ajudar os (ricos) patrões.
Se por sua vez o estado ajudar um banco ou uma instituição financeira, igualmente mal gerida, é imediatamente acusado de a ajudar pessoas que não são de confiança sejam os banqueiros ou os accionistas. E neste caso os postos de trabalho não contam (é bem feito, para não trabalharem empresas do demónio capitalista)
Imagino, portanto, que números como este (20 mil despedimentos) interessem pouco à esquerdalha. Por exemplo, o Bloco de Esquerda que exigiu a suspensão da operação montada pelo Banco de Portugal e pelo governo para resolver a crise de solvabilidade do Banco Privado Português, em nenhum momento se lembra de quem lá trabalha.
Em resumo, o BE pedia:
- a suspensão desta operação enquanto não tiver cobertura legal.
- esclarecimentos ao Ministro das Finanças sobre a decisão do governo, a serem prestados na sua vinda ao parlamento na próxima semana.
- havendo uma garantia prestada pelo Estado para o BPP, deve o Ministro:
a) Apresentar a lista dos activos que são contra-garantia, confirmando o seu valor efectivo,
b) Apresentar a lista de todos os beneficiários e dos montantes que estão envolvidos.
Trabalhadores? Que trabalhadores?
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
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