quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Trabalhadores? Que trabalhadores?

Há uma esquerda que na sua ansiedade de ver os bancos falirem para poderem culpar banqueiros e accionistas, se esquecem que as instituições financeiras também empregam pessoas.

Se os estado ajuda um empresa, mesmo que mal gerida, trata-se de salvar postos de trabalho e não de ajudar os (ricos) patrões.

Se por sua vez o estado ajudar um banco ou uma instituição financeira, igualmente mal gerida, é imediatamente acusado de a ajudar pessoas que não são de confiança sejam os banqueiros ou os accionistas. E neste caso os postos de trabalho não contam (é bem feito, para não trabalharem empresas do demónio capitalista)

Imagino, portanto, que números como este (20 mil despedimentos) interessem pouco à esquerdalha. Por exemplo, o Bloco de Esquerda que exigiu a suspensão da operação montada pelo Banco de Portugal e pelo governo para resolver a crise de solvabilidade do Banco Privado Português, em nenhum momento se lembra de quem lá trabalha.

Em resumo, o BE pedia:

- a suspensão desta operação enquanto não tiver cobertura legal.

- esclarecimentos ao Ministro das Finanças sobre a decisão do governo, a serem prestados na sua vinda ao parlamento na próxima semana.

- havendo uma garantia prestada pelo Estado para o BPP, deve o Ministro:


a) Apresentar a lista dos activos que são contra-garantia, confirmando o seu valor efectivo,


b) Apresentar a lista de todos os beneficiários e dos montantes que estão envolvidos.


Trabalhadores? Que trabalhadores?

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